Na noite de 23 de setembro, o Racing Club confirmou sua presença nas semifinais da Copa Libertadores ao bater o Vélez Sarsfield por 1 a 0, ampliando para 2-0 o placar global. O duelo, disputado em clima tenso, deu ao público argentino um espetáculo de estratégia, pressão constante e momentos de pura controvérsia.
Como foi a partida
Desde o apito inicial, o Racing impôs seu ritmo, controlando a posse de bola e testando a defesa rival com jogadas rápidas nas laterais. O ponto de virada veio ainda na segunda etapa, quando o atacante Santiago Solari recebeu um passe transversal dentro da área e, sem hesitar, finalizou com precisão, balançando as redes nos minutos finais do segundo tempo. O gol não só selou a vitória, como também quebrou a resistência defensiva do Vélez.
O time adversário tentou reagir. Aos 68 minutos, um domínio de bola gerou uma finalização que quase igualou o placar. Contudo, o árbitro recorreu ao VAR para analisar o lance. Após revisão, o gol foi anulado por fora de jogo, gerando protestos imediatos dos jogadores de Vélez e de parte da torcida, que começaram a questionar a margem de erro da tecnologia.
Apesar da repercussão, o Racing manteve a compostura. O técnico fez pequenas alterações táticas para segurar o resultado, reforçando a linha de trás e instruindo os volantes a fechar os espaços entre a defesa e o meio-campo rival. Essa disciplina tática foi crucial para evitar qualquer contra-ataque perigoso nos minutos finais.
Polêmicas e disciplina
A partida também ficou marcada por questões disciplinares. No meio do segundo tempo, um lateral do Racing recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso. Mesmo com um jogador a menos, a equipe soube organizar o bloqueio defensivo, garantindo que o placar não fosse alterado. A expulsão acabou alimentando ainda mais o clima de tensão entre as duas equipes.
O uso do VAR foi o ponto alto das discussões pós-jogo. Enquanto alguns analistas defendiam a decisão da revisão, alegando clareza nas imagens, outros críticos acharam que a tecnologia ainda deixa margem para interpretações subjetivas que podem mudar o rumo de partidas decisivas. O incidente, portanto, reforçou o debate contínuo sobre a eficácia e a aplicação do VAR em competições sul-americanas.
Com a vitória, o Racing Club celebra seu primeiro acesso às semifinais da Libertadores em anos recentes. O desempenho nas fases eliminatórias tem sido sólido: desde o primeiro jogo da fase de grupos até as oitavas, o time mostrou capacidade de adaptação e eficiência nos contra-ataques.
Para o Vélez Sarsfield, a eliminação representa um revés doloroso. Apesar de ter disputado a Copa Sudamericana com boas campanhas nos últimos anos, o clube não conseguiu superar a vantagem acumulada pelo rival e acabou saindo prematuramente do torneio.
O próximo passo para o Racing será aguardar o sorteio das semifinais, onde poderá encontrar outro gigante sul‑americano por trás. A expectativa dos torcedores já começa a crescer, alimentada pelo momento de confiança que a vitória trouxe ao elenco.
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