Imposto de Renda: tudo o que você precisa saber para declarar sem dor de cabeça
Chegou a hora de encarar a declaração do Imposto de Renda e você ainda está sem ideias? Calma, não precisa virar um expert em contabilidade. Neste guia eu mostro, passo a passo, o que você realmente precisa fazer, quais documentos juntar e como tirar o máximo de deduções sem erro.
Prazo, documentos e quem tem que declarar
O calendário oficial costuma abrir a entrega em março e fechar no último dia útil de abril. Fique de olho, porque a Receita costuma mudar a data de encerramento de última hora. Quem tem que declarar? Se você recebeu mais de R$ 28.559,70 em rendimentos tributáveis no ano anterior, se ganhou aluguéis acima desse valor ou se teve ganho de capital, a obrigação bate na porta.
Além disso, quem tem mais de 65 anos e fez rendimentos de aposentadoria acima do limite também precisa ficar atento. Se a situação não se encaixa, pode ficar tranquilo, mas ainda vale a pena conferir o simulador da Receita para garantir que não tem nada esquecido.
Como organizar a papelada
Antes de abrir o programa da Receita, separe tudo em pastas: comprovantes de salário, informes de rendimento de bancos, recibos de despesas médicas, odontológicas, educacionais e doação a projetos culturais. Cada documento tem um campo no programa, então quanto mais organizado, menos chance de erro.
Um truque que funciona bem é digitalizar tudo e criar uma planilha simples. Assim, quando o programa pedir o valor, você já tem à mão. Não se esqueça de incluir os informes de penhor, de corretagem de ações e de venda de imóveis, caso tenha tido algum desses eventos.
Agora, vá ao programa “IRPF” no site da Receita. Ele já traz um resumo dos seus rendimentos e permite importar alguns documentos direto do banco, se você ligou o e‑cônjuge. O preenchimento pode parecer chato, mas siga a ordem das telas e não pule nenhuma. Se fechar alguma tela sem preencher, o programa avisa.
Quando chegar na tela de deduções, ponha atenção nas despesas médicas. Elas não têm teto, então vale a pena guardar até os recibos de remédios e consultas de última hora. Educação tem limite de R$ 3.561,50 por pessoa, então se você tem filhos, some os valores antes de colocar.
Outro ponto que muita gente esquece: as contribuições ao INSS e à previdência privada. Elas são dedutíveis e ajudam a baixar o imposto a pagar ou a aumentar a restituição. Se o seu plano for PGBL, a dedução total pode chegar a 12% da renda bruta.
Depois de preencher tudo, o programa calcula automaticamente se você tem imposto a pagar ou se vai receber restituição. Se houver imposto a pagar, dá para gerar o DARF e parcelar em até 8 vezes, mas o desconto no parcelamento é bem pequeno.
Por fim, revise tudo duas vezes. O erro mais comum é digitar a data de nascimento do dependente errado ou colocar o CPF invertido. Uma revisão rápida evita a necessidade de retificar a declaração depois.
Se ainda ficou alguma dúvida, a Receita tem telefone de atendimento e chats ao vivo. Mas na prática, a maioria das questões são resolvidas com a ajuda de um contador ou de um amigo que já fez a declaração.
Com esses passos, você termina a temporada de Imposto de Renda tranquilo, sem multas e ainda economiza um dinheiro extra que pode cair na sua conta como restituição. Boa sorte e bom resto de ano!

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