IBGE abre concurso temporário 2025: FGV selecionará 9.580 vagas em todo o Brasil

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IBGE abre concurso temporário 2025: FGV selecionará 9.580 vagas em todo o Brasil
outubro 7, 2025

O maior concurso da história do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) está a caminho, e a novidade é que ele será temporário. A Fundação Getúlio Vargas (FGV) assumiu a organização da seleção, que deve abrir 9.580 vagas em mais de 530 municípios brasileiros a partir de 2025.

Contexto e histórico dos concursos temporários do IBGE

Até hoje, o IBGE realizava apenas concursos de carreira efetiva, com estabilidade de até 35 anos. Contudo, a necessidade de ampliar rapidamente a força‑trabalho para pesquisas censitárias e amostrais levou o órgão a adotar contratações temporárias. Em 2022, por exemplo, foram aprovados 3.200 agentes de campo por meio de processo de urgência. A Portaria Conjunta nº 58/2025, publicada em 12 de agosto de 2025 no Diário Oficial da União, oficializou a nova modalidade para o próximo ciclo de seleção.

Detalhes da seleção 2025

Serão ofertadas 8.480 vagas para Agente de Pesquisas e Mapeamento (APM) e 1.100 para Supervisor de Coleta e Qualidade (SCQ). Os cargos exigem nível médio e têm remuneração inicial que pode chegar a R$ 4.000, valor dentro dos limites legais do Ministério da Economia. Os contratos terão duração inicial de um ano, prorrogáveis por até três anos adicionais, totalizando, no máximo, cinco anos de vínculo.

O edital de abertura das inscrições deve ser publicado até seis meses após a portaria, ou seja, até fevereiro de 2026. Em seguida, os candidatos terão até 30 dias para se inscrever e mais 45 dias para a fase de avaliação, que será simplificada e realizada de forma totalmente digital, com provas objetivas de conhecimentos gerais, raciocínio lógico e língua portuguesa.

  • Vagas: 9.580 (8.480 APM + 1.100 SCQ)
  • Remuneração: até R$ 4.000
  • Contratos: 1 a 5 anos, renováveis
  • Local de trabalho: mais de 530 municípios
  • Prazo para edital: até fevereiro de 2026

Reações de autoridades e especialistas

O presidente do IBGE, Márcio Pochmann, declarou que esta será "a maior seleção da história da instituição" e ressaltou que os profissionais temporários são essenciais para garantir a qualidade dos dados coletados nas casas brasileiras.

Já a coordenadora de Recursos Humanos do órgão, Bruno Malheiros, enfatizou que os aprovados estarão na linha de frente das operações estatísticas, visitando domicílios e realizando contato direto com a população. "É uma oportunidade única para quem busca experiência prática em pesquisas de grande escala", completou.

Do lado do governo, a ministra Esther Dweck, do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), assinou a portaria juntamente com a ministra Simone Tebet, do Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO). Ambas sublinharam que a escolha da FGV como banca organizadora se deu porque o instituto já conduziu concursos de abrangência nacional em pelo menos 200 municípios, critério que outras propostas não cumpriram.

Especialistas em gestão pública, como a professora Ana Lúcia Mendes da Universidade Federal de Minas Gerais, apontam que a contratação temporária permite ao IBGE ajustar rapidamente sua capacidade de coleta de dados frente a demandas emergenciais, como a pandemia de Covid‑19 ou a necessidade de atualização do Censo Demográfico.

Impactos e oportunidades para os candidatos

Impactos e oportunidades para os candidatos

Para quem busca estabilidade imediata, o concurso temporário oferece um caminho intermediário entre o mercado privado e os concursos de carreira efetiva. A concorrência costuma ser menor, já que muitos candidatos preferem a segurança de um cargo vitalício. Ainda assim, o número de vagas – quase 10 mil – atraiu milhares de inscrições nas fases preliminares de outros concursos realizados em 2024.

Além do salário competitivo, os agentes temporários têm direito a férias, 13º salário, FGTS e plano de saúde, conforme a legislação vigente. A experiência adquirida pode ser um grande diferencial em processos seletivos futuros, tanto no serviço público quanto em agências de pesquisa privadas.

O programa também traz benefícios para as comunidades atendidas. Ao aumentar a força‑trabalho nos municípios, o IBGE consegue reduzir o tempo de coleta e melhorar a cobertura de áreas remotas, resultando em estimativas demográficas mais precisas – um ponto crucial para o planejamento de políticas públicas federais, estaduais e municipais.

Próximos passos e cronograma

Com a portaria já publicada, a FGV iniciou o processo interno de habilitação e está finalizando a plataforma de inscrições online. A expectativa é que o edital seja disponibilizado no portal de concursos do IBGE ainda em janeiro de 2026, acompanhada de um guia prático para os candidatos.

Após a publicação, o cronograma previsto é:

  1. Janeiro/2026 – publicação do edital
  2. Fevereiro a Março/2026 – período de inscrições
  3. Abril/2026 – aplicação das provas objetivas
  4. Maio/2026 – divulgação dos resultados preliminares
  5. Junho/2026 – convocação para exames de saúde e documentos
  6. Julho/2026 – início das atividades dos primeiros contratados

Os dois editais previstos – um para agentes e outro para supervisores – deverão ser lançados “o mais rápido possível”, segundo o próprio IBGE.

Perguntas Frequentes

Quantas vagas serão oferecidas para Agente de Pesquisas e Mapeamento?

Serão 8.480 vagas de nível médio destinadas a Agentes de Pesquisas e Mapeamento, distribuídas em mais de 530 municípios de todo o país.

Qual é o salário máximo para os cargos temporários?

A remuneração inicial pode chegar a R$ 4.000, valor estabelecido dentro do teto salarial permitido pelo Ministério da Economia para contratações temporárias.

Por que o concurso será temporário e não efetivo?

A natureza temporária permite ao IBGE adaptar rapidamente sua força‑trabalho às necessidades de pesquisas específicas, como o Censo ou levantamentos de saúde, sem comprometer orçamento de longo prazo.

Quando o edital será publicado e quando as inscrições começam?

O edital deve ser publicado até fevereiro de 2026, e o período de inscrições está previsto para os meses de fevereiro e março do mesmo ano.

Quais são os requisitos mínimos para se candidatar?

É exigido nível médio completo, certificado de regularidade com a justiça eleitoral, ausência de antecedentes criminais e disponibilidade para trabalhar em campo nas regiões designadas.

1 Comentários

Marcelo Monteiro
Marcelo Monteiro
outubro 7, 2025 At 04:21

Não é todo dia que o IBGE decide abrir quase dez mil vagas temporárias, então vamos analisar esse espetáculo com a devida pompa que a situação merece.
Primeiro, a escolha da FGV como banca organizadora demonstra que o órgão quer garantir seriedade, embora alguns ainda prefiram bancas mais "populares".
Segundo, a remuneração de até quatro mil reais, que parece generosa, na prática será apenas o salário base, sem contar eventuais auxílios.
Terceiro, o contrato de até cinco anos pode parecer atraente, mas lembra que a renovação depende de avaliações que nem sempre são transparentes.
Quarto, a necessidade de agentes de campo em mais de 530 municípios levanta a questão logística: quem vai arcar com deslocamentos e diárias?
Quinto, a exigência de nível médio pode abrir portas para muitos, porém reduz o nível de especialização que projetos complexos demandam.
Sexto, a promessa de férias, 13º e FGTS soa bem, mas será que o prazo de contrato permite ao trabalhador aproveitar esses benefícios de forma plena?
Sétimo, a experiência acumulada pode ser um trampolim para concursos efetivos, embora nem sempre o currículo temporário tenha o peso desejado nas seleções posteriores.
Oitavo, a rapidez do processo seletivo, com inscrições em 30 dias e provas digitais, certamente atrai quem quer resultados rápidos, mas pode sacrificar a profundidade da avaliação.
Nono, a natureza temporária pode gerar instabilidade nas comunidades atendidas, já que a rotatividade de agentes pode impedir um acompanhamento mais contínuo.
Décimo, o fato de ser temporário permite ao IBGE adaptar a força‑trabalho a emergências como pandemias, mas também pode ser usado como pretexto para evitar investimentos de longo prazo.
Décimo‑primeiro, a participação de milhares de candidatos nas etapas preliminares indica que o mercado de trabalho ainda sente falta de oportunidades estáveis.
Décimo‑segundo, a transparência do edital ainda é incerta; o prazo até fevereiro de 2026 deixa espaço para possíveis atrasos.
Décimo‑terceiro, quem se inscrever tem que estar atento aos requisitos como certificado de regularidade eleitoral e ausência de antecedentes criminais.
Décimo‑quarto, o cenário de salários de até quatro mil reais pode ser comparado a outros concursos temporários do governo, que muitas vezes pagam menos.
Décimo‑quinto, finalmente, cabe a cada candidato ponderar se a possibilidade de experiência prática vale a possível falta de estabilidade a longo prazo.

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