
Um ano que começou promissor e terminou frustrante
Ninguém esperava que o Coritiba terminasse 2024 com uma campanha tão apagada na Série B. O início empolgou a torcida – seis vitórias nas dez primeiras rodadas chegaram a alimentar o sonho do retorno à elite. Mas logo virou desilusão: o ritmo caiu, resultados negativos se acumularam e o clube despencou para o pelotão intermediário. Finalizou o campeonato em 12º lugar, somando 50 pontos, com 14 vitórias, 8 empates e 16 derrotas. A frustração veio, principalmente, pelas campanhas fora de casa. Foram apenas quatro vitórias longe do Couto Pereira, contra dez vitórias em Curitiba, mostrando uma dependência preocupante do fator local.
O problema não estava só na postura nos jogos como visitante, mas também na dificuldade de reagir diante de adversidades. Nos momentos decisivos, em partidas consideradas chave – aquelas que poderiam ter mudado o rumo da competição ou trazido confiança para um sprint final – o time não respondeu. Erros defensivos e um ataque inconstante custaram pontos importantes. As decisões da comissão técnica começaram a ser contestadas: faltou criatividade para mexer no time quando a fase ruim chegou, e as soluções do banco quase não surtiram efeito.

Os destaques individuais e as dúvidas para o futuro
Nomes promissores até surgiram: atacantes mostraram poder de fogo quando tudo fluía, o miolo de zaga teve bons momentos de solidez, mas a pouca regularidade atrapalhou qualquer desempenho de destaque. No Campeonato Paranaense, o Coritiba ficou longe de empolgar, sendo eliminado sem sequer assustar favoritos. Já na Copa do Brasil, não passou das fases iniciais, dando adeus cedo demais e aumentando o peso pela falta de títulos ou grandes façanhas no ano.
A análise sobre rendimento individual também esbarra na escassez de dados detalhados, mas ficou claro que as principais peças sentiram a pressão do segundo semestre e não corresponderam. O desgaste físico e emocional do grupo, agravado por mudanças nos bastidores, pesou. Treinador e diretoria foram alvo de críticas no fim da temporada, principalmente pelo planejamento questionável e escolhas pontuais de escalação. As últimas rodadas simbolizaram o clima: jogos sem sal, sem brilho e um futebol burocrático.
O saldo do Coritiba em 2024 é um alerta vermelho para os próximos passos. O clube fecha o ano sem grandes feitos, com uma torcida impaciente e um desafio enorme para 2025: reconstruir um time competitivo e reencontrar o caminho das vitórias, especialmente fora de casa. Fica a lição de que só tradição não ganha jogo e que, sem reajustes certeiros e trabalho coletivo, o acesso à Série A fica cada vez mais distante.
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