
Botafogo derruba favoritos e faz história na Copa do Mundo de Clubes
Ninguém esperava que o Botafogo passasse pelo Paris Saint-Germain sem sofrer. Só que o time carioca foi além dos prognósticos, derrotou o atual campeão europeu por 1 a 0 e bagunçou as certezas de muita gente no Mundial de Clubes da FIFA 2025. E o que se viu no estádio foi bem mais do que retranca ou sorte: o gol de Igor Jesus no primeiro tempo carimbou uma atuação de respeito, feita de estratégia, sangue frio e coragem.
John Textor, dono do clube, não deixou o feito passar em branco. Ele colocou a vitória como um divisor de águas para o futebol brasileiro. “Eles conquistaram a Champions League. Mas isso aqui significou ainda mais pra nós”, disse com orgulho. Na visão dele, o Botafogo atuou com mentalidade europeia — aquela organização tática e espírito coletivo que costuma fazer falta nos times nacionais. Só que aliou isso à tradicional raça brasileira: “Jogamos como europeus hoje, com estrutura e organização”, completou. Para Textor, encarar o PSG sem medo era obrigação: “Eles não são deuses.”
O PSG entrou em campo carregando o favoritismo e com um elenco milionário, cheio de estrelas, mas bateu de frente com uma defesa botafoguense fechada e disposta a encarar qualquer estrela de igual para igual. Mesmo pressionando muito no fim do jogo, principalmente nas bolas aéreas e após algumas mudanças no time, os franceses pararam na parede construída pelo Botafogo. O time soube segurar o resultado, mostrou maturidade e não cedeu ao desespero — coisa rara de ver numa equipe sul-americana contra os grandes da Europa.

Renato Paiva e o veneno que virou arma
Uma das figuras mais elogiadas após essa noite foi Renato Paiva, treinador do Botafogo. Ele revelou como o grupo estudou o PSG e montou um esquema para sufocar o tipo de jogo dos parisienses: “Matamos eles com o próprio veneno”, afirmou, dizendo que conseguiram transformar o estilo ofensivo do PSG em uma fraqueza explorada. A equipe soube quando acelerar, quando fechar e virou referência tática, elevando o respeito pelo futebol brasileiro.
A vitória embola o cenário do Grupo B. Com seis pontos, o Botafogo assume a liderança isolada e deixa o PSG, mesmo com toda pompa, precisando correr atrás. Esse resultado serve de alívio e esperança não só para os torcedores do Fogão, mas também para quem cansou de ver times brasileiros apenas como figurantes nas grandes competições globais.
- Vitória histórica mostra que gestão, coragem e planejamento podem equilibrar forças com o topo da Europa.
- Equipe carioca supera a desconfiança e mostra que futebol brasileiro sabe ser tático e coletivo.
- Textor, sempre polêmico, aposta no bom momento do elenco para mirar ainda mais alto no torneio.
Não dá para ignorar que esse jogo já entrou para a lista dos mais emblemáticos do futebol nacional nesta década. O Botafogo não apenas venceu, mas deixou claro que qualquer gigante europeu pode sim ser batido — basta jogar sem complexos e acreditar. Agora, resta aguardar os próximos capítulos, porque o Mundial ganhou um novo protagonista inesperado.
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